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SHUa: O que é a Síndrome Hemolítica Urêmica Atípica e como ela afeta o organismo?

Paciente em uma cama de hospital com sintomas de Síndrome Hemolítica Urêmica Atípica

Você já se deparou com a palavra shua em algum lugar e se perguntou o que ela realmente significa? Embora não seja um A SHUa — sigla para Síndrome Hemolítica Urêmica Atípica — é uma condição médica rara, grave e de evolução rápida, que pode afetar gravemente os rins, o sangue e o sistema nervoso central. Apesar de ser menos conhecida do que outras doenças renais, a SHUa exige atenção urgente, pois pode levar à insuficiência renal aguda e colocar a vida do paciente em risco se não for tratada de forma adequada e precoce.


O que é a SHUa?

A SHUa é uma forma atípica da Síndrome Hemolítica Urêmica (SHU), caracterizada por uma tríade clínica clássica:

  • Anemia hemolítica microangiopática (quebra anormal das hemácias)
  • Trombocitopenia (queda nas plaquetas)
  • Insuficiência renal aguda

Ao contrário da SHU típica, que está geralmente associada a infecções por bactérias como a E. coli produtora de toxina Shiga, a SHUa não tem origem infecciosa. Ela está ligada a disfunções do sistema complemento, parte do sistema imunológico responsável pela defesa contra microrganismos.


Causas e fatores genéticos

A principal causa da SHUa está relacionada a alterações genéticas em proteínas do sistema complemento, que levam à sua ativação desregulada. Isso resulta em inflamação e dano aos vasos sanguíneos, especialmente nos rins.

Estima-se que a SHUa possa ocorrer por:

  • Mutação genética hereditária (em cerca de 60% dos casos)
  • Fatores ambientais desencadeantes, como infecções, gravidez ou uso de certos medicamentos
  • Em alguns casos, a causa exata permanece desconhecida

Principais sintomas

A SHUa pode se manifestar de forma aguda e repentina. Os sintomas mais comuns incluem:

  • Fadiga intensa e palidez
  • Hematomas e sangramentos espontâneos (devido à trombocitopenia)
  • Urina escura ou com sangue
  • Pressão arterial elevada
  • Redução da produção de urina
  • Inchaço, principalmente nas pernas e pés
  • Sintomas neurológicos (confusão, convulsões, dor de cabeça)

Diagnóstico e exames

O diagnóstico da SHUa é desafiador e exige uma combinação de avaliação clínica e exames laboratoriais específicos. Entre os principais testes utilizados estão:

  • Hemograma completo
  • Creatinina e ureia (função renal)
  • Esfregaço de sangue periférico (para detectar fragmentação de hemácias)
  • Dosagem de complemento (C3 e C4)
  • Testes genéticos (quando há suspeita de SHUa hereditária)

É fundamental diferenciar a SHUa de outras causas de microangiopatia trombótica, como PTT (Púrpura Trombocitopênica Trombótica) e SHU típica, para definir o tratamento adequado.


Tratamento da SHUa

A SHUa pode ser tratada com o uso de inibidores do sistema complemento, como o eculizumabe ou o ravulizumabe — medicamentos de alto custo, mas que revolucionaram o prognóstico da doença.

Outras medidas incluem:

  • Controle da pressão arterial
  • Suporte renal (diálise, quando necessário)
  • Transfusões de sangue ou plaquetas em casos graves
  • Acompanhamento de complicações neurológicas ou cardíacas

O tratamento precoce é essencial para evitar lesões irreversíveis nos rins e outros órgãos.


SHUa é uma doença rara, mas exige atenção

Apesar de ser considerada uma doença rara, a SHUa tem um impacto desproporcional quando não é diagnosticada a tempo. Por isso, é essencial que profissionais de saúde e pacientes estejam atentos aos sinais de alerta, especialmente em quadros de anemia e insuficiência renal de causa não clara.


A atuação do Ruschel Medicina

No Ruschel Medicina, acompanhamos com atenção os avanços na área de doenças raras e imunomediadas. Nossa equipe está preparada para participar de estudos clínicos voltados a novas terapias, que ampliem o acesso ao tratamento e melhorem a qualidade de vida dos pacientes com SHUa e outras síndromes complexas.

Você conhece alguém com SHUa ou suspeita de diagnóstico. Fale com seu nefrologista e busque uma equipe especializada.
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Saiba mais sobre doenças raras no blog do Ruschel: ruschelpesquisa.com.br/blog

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