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Depressão em idosos: veja como identificar e ajudar no tratamento 

A depressão é uma condição de saúde mental que afeta um número significativo de pessoas ao redor do mundo, incluindo os idosos. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 10,2% das pessoas com 18 anos ou mais foram diagnosticadas com depressão. Entre os idosos de 60 a 64 anos, essa prevalência atinge 13,2%. Entre 2013 e 2019, os casos de depressão em idosos acima de 75 anos aumentaram em 48%, evidenciando a relevância desse tema. 

Por que a depressão é mais comum na terceira idade? 

Diversos fatores contribuem para o aumento dos casos de depressão entre idosos. Alterações biológicas, como a redução na produção de neurotransmissores responsáveis pelo bem-estar, somam-se a fatores psicossociais, como: 

  • Perda de pessoas próximas; 
  • Diminuição de atividades e limitações físicas; 
  • Isolamento social; 
  • Mudanças significativas na vida, como aposentadoria ou luto; 
  • Doenças crônicas, como hipertensão, diabetes e fibromialgia. 

Além disso, certos medicamentos utilizados para tratar condições crônicas podem desencadear ou agravar sintomas depressivos, como cansaço, falta de motivação e alterações de humor. 

Sintomas de depressão em idosos 

Identificar a depressão na terceira idade pode ser desafiador, pois os sintomas muitas vezes diferem daqueles observados em pessoas mais jovens. Entre os sinais mais comuns estão: 

  • Queixas físicas sem causa médica identificada (dores, fadiga); 
  • Insônia ou outras alterações no sono; 
  • Apatia e irritabilidade; 
  • Isolamento social; 
  • Alterações no apetite; 
  • Dificuldade de concentração e lapsos de memória. 

É importante notar que, em alguns casos, a tristeza não é o sintoma predominante, o que pode atrasar o diagnóstico e o início do tratamento. 

Como tratar e prevenir a depressão em idosos 

O tratamento da depressão em idosos deve incluir uma abordagem integral, que pode combinar psicoterapia, uso de medicamentos e mudanças no estilo de vida. Terapias como a cognitivo-comportamental têm demonstrado bons resultados, assim como medicamentos que auxiliam no equilíbrio dos neurotransmissores. 

Além do tratamento, medidas preventivas podem ajudar a preservar a saúde mental dos idosos, como: 

  • Prática regular de atividades físicas; 
  • Alimentação equilibrada; 
  • Participação em atividades sociais e culturais; 
  • Estímulo cognitivo, como aprender uma nova habilidade ou jogar palavras-cruzadas. 

A presença e o suporte da família são fundamentais, proporcionando acolhimento e incentivando a busca por ajuda profissional quando necessário. 

Prevenção do agravamento e risco de suicídio 

Dados do Ministério da Saúde mostram que a taxa de suicídio entre pessoas acima de 60 anos subiu de 6,8 para 7,8 por 100 mil habitantes entre 2010 e 2019. O aumento do risco está frequentemente associado a fatores como doenças crônicas debilitantes, solidão e o medo de se tornar dependente de terceiros. 

O acompanhamento regular por profissionais de saúde, a inclusão em atividades que promovam autonomia e a manutenção de tratamentos podem reduzir significativamente os riscos associados à depressão na terceira idade. 

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